No final do primeiro dia cá, quando as malas não estavam arrumadas e já compráramos todo um mundo de coisas. |
Desta vez, viajaríamos também pela TAP mas não seria para apenas 4 meses. Se tudo correr bem, por bem mais de um ano, certamente. Depois, não teríamos apenas um quarto e uma cozinha partilhadas, teríamos um T1 bem giro e com uma estante grande pronta a receber as nossas coisas. Decidimos não fazer contas ao peso e enviar tudo o que nos apetecesse por correio ou transportadora. Todo o princípio desta aventura seria um investimento e isto era só mais um custo. Avaliamos todas as hipóteses e percebemos desde logo que os correios não são uma boa alternativa para grandes volumes e que as transportadoras são feitas para terem parcerias com empresas e não para mudanças particulares. No entanto, não desistimos da procura e demos de caras com a Ecoparcel que transporta 50kg entre Portugal e a Austria por 60€, uma pechincha!
No final das contas, não foi bem assim, enviamos por transportadora através de uma empresa e nem fazemos ou faremos ideia de quanto custou. Com tudo o que trouxemos, já contamos 170kg, e compramos praticamente tudo o que precisamos para a cozinha e quarto cá.
O vídeo da chegada dos caixotes que partilhei aqui, mostra apenas uma parte de tudo o que trouxemos. A organização das coisas foi simples: na bagagem de mão trouxemos o que precisávamos para o primeiro fim de semana, dada a forte possibilidade das malas ficarem a caminho e só chegarem na segunda; na mala de porão vieram quase todas as roupas e calçado; o restante, desde decoração, presentes que nos ofereceram e restante roupa veio nos caixotes.
Os caixotes que viajaram sem nós mas chegaram praticamente intactos. Note-se que vinha tudo muito bem protegido, também. |
Dá muito trabalho encaixotar toda a vida que temos numa casa e transportá-la intacta para outro país. Materialmente é fácil, metafisicamente nem tanto. Não conseguimos transportar o espírito, as sensações e os cheiros. Mudar de casa é muito mais do que mudar as coisas de um lugar para o outro, é mudarmo-nos a nós próprios e aceitar que ali os efeitos abstratos de um lar terão de ser reconstruídos. Esta é a parte mais difícil, mas também a mais bonita.
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